A doença periodontal
Trata-se de uma doença provocada na maioria dos casos pela acumulação ao redor dos dentes de placa bacteriana. Estas bactérias podem afetar somente a gengiva, provocando uma gengivite, e em estados posteriores ou mais avançados afeta o osso que suporta os dentes, dando origem a uma periodontite. Afeta o que denominamos de tecidos de suporte dos dentes. É um processo que nas suas primeiras fases não provoca geralmente dores ao paciente pelo que, em muitas ocasiões, passa despercebido para o paciente, que se encontra assintomático. É uma doença muito frequente, com uma grande incidência na população, sendo a maior responsável pela maior quantidade de dentes perdidos. Trata-se de uma doença crónica que na maioria dos casos necessitará de um seguimento e controle periódico a longo prazo depois do tratamento inicial.
Diagnóstico periodontal
Como em todas as áreas da medicina, o diagnóstico é uma parte fundamental do êxito do tratamento desta doença. Antes de iniciar o tratamento é necessário conhecer a causa, a magnitude das áreas afetadas e fazer uma “fotografia” da situação inicial. Para o diagnóstico da doença periodontal, recorremos à exploração clínica, às radiografias periapicais, série apical, e ao periodontograma. Este último é um gráfico que nos representa o grau de afetação que produz a doença sobre os tecidos que rodeiam os dentes. O periodontograma regista os dados de saúde ou doença de cada um dos dentes do paciente, facilitando o controle da sua evolução ao longo do tempo. Permite a monitorização da progressão da doença, tornando mais simples a fase de manutenção e identificando as zonas de maior risco com facilidade e como estas evoluem com o tempo. Os testes microbiológicos servem para averiguar que tipo de bactérias são as predominantes na infeção naqueles casos em que esteja indicada a sua aplicação, ajudando a tomar a decisão mais adequada para o tratamento da doença.
Enxertos de gengiva
O enxerto de gengiva utiliza-se quando as gengivas sofreram uma retração e as raízes dos dentes ficam expostas, surgindo o que se denomina de recessões. Cada paciente é um caso particular, e haverá que estudar de maneira específica já que são múltiplas as técnicas ou procedimentos atualmente existentes para o recobrimento das raízes expostas. Em certos casos é possível conseguir muito bons resultados de recobrimento da raiz exposta, dependo a previsibilidade do resultado de vários fatores como são a presença ou não de doença periodontal e a severidade desta. A causa mais habitual é a existência de uma escovagem inadequada, seja por excesso e que se realize de forma incorreta, a isto se chama de trauma por escovagem, ou então por defeito, apresentando as gengivas neste caso uma inflamação de origem bacteriana e que vai originar a recessão das gengivas. Na maioria destes casos o tratamento consiste em retirar tecido do palato e coloca-lo na zona onde a raiz está exposta de forma a conseguir recobri-la. São tratamentos cuja indicação principal é a estética, mas também estão indicados em casos de reabilitações com prótese fixa onde procuramos proteger os dentes, ou para prevenir que a retração aumente, ou ainda para reduzir a sensibilidade existente.
Sintomas da doença periodontal
1- Sangramento da gengivas É um dos sinais iniciais mais frequentes e que com mais frequência preocupa os pacientes e os fazem consultar o médico dentista. Normalmente é detetado durante a escovagem dos dentes ou ao mastigar. As gengivas quando saudáveis nunca sangram.
2- Coloração vermelho-escuro das gengivas
3- Mobilidade dos dentes: A inflamação e a perda dos tecidos que rodeiam e suportam os dentes por causa da doença periodontal faz com que estes comecem a mover-se produzindo incómodo e sensação de fragilidade, podendo levar à queda dos dentes.
4- Movimento dos dentes: Os dentes podem mover-se da sua localização original por perderem os tecidos que os suportam, surgindo ocasionalmente espaços entre os dentes tanto anteriores como posteriores, com a conseguinte perda da estética e facilitando a impactação e retenção de alimentos entre os dentes. Os dentes anteriores podem inclusivamente abrir-se entre eles e deslocarem-se para fora.
5- Retração das gengivas: As gengivas podem retrair-se deixando expostas as raízes dos dentes. Em alguns casos, no caso do paciente ser portador de próteses fixas, pode ver-se a transição entre as restaurações e o dente original.
6- Mau hálito ou halitose.
7- Presença de abcessos ou fístulas.
8- Sensibilidade dos dentes. A velocidade com que avança a doença é diferente segundo o tipo de doença periodontal e consoante a pessoa, e o ritmo de evolução pode variar na mesma pessoa, existindo momentos em que avança mais rápido e outros mais lento.
Raspagem e Alisamento radicular
Consiste em eliminar o excesso de bactérias que existem no sulco ou bolsa que se forma entre a gengiva e o dente. Para este efeito utiliza-se instrumental específico para limpar o sulco ou bolsa periodontal: instrumental manual como as curetas, aparelhos de ultrassons, etc. Normalmente são necessárias várias sessões de tratamento. Desta forma o cálculo ou tártaro é eliminado, bem como a placa e película bacteriana da superfície dos dentes e debaixo da gengiva. Posteriormente o médico dentista pode usar instrumentos manuais para retirar os resíduos que possam permanecer na superfície dos dentes ou debaixo da gengiva. O médico dentista ou o higienista oral executam uma raspagem para alisar as áreas irregulares e impedir o crescimento da placa bacteriana.
Alongamento das coroas dos dentes
O alongamento coronário é um procedimento cirúrgico, que tem como objetivo modificar o contorno das gengivas de forma a que os dentes fiquem mais expostos. A parte visível dos dentes deve apresentar uma proporção adequada e agradável. Os dentes são mais compridos que largos e devem apresentar este aspeto para conseguir uma estética agradável. Em geral, um sorriso atraente é aquele em que predomina a cor do esmalte dentário sobre a cor das gengivas. A cirurgia de alongamento coronário permite recuperar a harmonia do sorriso. Para uma boa estética é importante a existência de uma correta arquitetura gengival. Certos pacientes apresentam uma alteração das proporções dos dentes, e outros apresentam alterações ou simetrias no aspeto das margens gengivais. A indicação mais frequente para este procedimento prende-se com tratamentos restauradores, para que os dentes que sofrem esta intervenção possam receber um tratamento com restaurações que permitam proporções mais adequadas. Noutros casos o paciente apresenta uma erupção passiva alterada, na qual a gengiva cobre parte da coroa dos dentes. Ao eliminar esta porção de gengiva, isto permite que os dentes apresentem o seu tamanho normal.
Prevenção ou tratamento de suporte
A fase de manutenção tem uma especial importância nos doentes periodontais. Trata-se de uma doença crónica que precisa de um compromisso por parte do paciente no que diz respeito à sua higiene oral domiciliária e na assiduidade às revisões periódicas que normalmente ocorrem cada 3-4 meses. Estes controles periódicos permitem monitorizar a doença facilitando a sua vigilância, a manutenção de uma boa saúde oral e evitando o seu reaparecimento. Nos tratamentos das gengivas é importante evitar que os problemas apareçam de novo. A fase de manutenção tem uma grande importância após terminada a primeira fase de tratamento, em que ocorre uma redução da inflamação. Nas visitas de controle, a doença é monitorizada através do uso de periodontogramas, sendo esta vigilância personalizada e específica para cada paciente. É imprescindível seguir uns cuidados de higiene oral domiciliária eficaz, de uma forma em que o paciente se torna “co-terapeuta” do médico dentista.
Trata-se de uma doença provocada na maioria dos casos pela acumulação ao redor dos dentes de placa bacteriana. Estas bactérias podem afetar somente a gengiva, provocando uma gengivite, e em estados posteriores ou mais avançados afeta o osso que suporta os dentes, dando origem a uma periodontite. Afeta o que denominamos de tecidos de suporte dos dentes. É um processo que nas suas primeiras fases não provoca geralmente dores ao paciente pelo que, em muitas ocasiões, passa despercebido para o paciente, que se encontra assintomático. É uma doença muito frequente, com uma grande incidência na população, sendo a maior responsável pela maior quantidade de dentes perdidos. Trata-se de uma doença crónica que na maioria dos casos necessitará de um seguimento e controle periódico a longo prazo depois do tratamento inicial.
Diagnóstico periodontal
Como em todas as áreas da medicina, o diagnóstico é uma parte fundamental do êxito do tratamento desta doença. Antes de iniciar o tratamento é necessário conhecer a causa, a magnitude das áreas afetadas e fazer uma “fotografia” da situação inicial. Para o diagnóstico da doença periodontal, recorremos à exploração clínica, às radiografias periapicais, série apical, e ao periodontograma. Este último é um gráfico que nos representa o grau de afetação que produz a doença sobre os tecidos que rodeiam os dentes. O periodontograma regista os dados de saúde ou doença de cada um dos dentes do paciente, facilitando o controle da sua evolução ao longo do tempo. Permite a monitorização da progressão da doença, tornando mais simples a fase de manutenção e identificando as zonas de maior risco com facilidade e como estas evoluem com o tempo. Os testes microbiológicos servem para averiguar que tipo de bactérias são as predominantes na infeção naqueles casos em que esteja indicada a sua aplicação, ajudando a tomar a decisão mais adequada para o tratamento da doença.
Enxertos de gengiva
O enxerto de gengiva utiliza-se quando as gengivas sofreram uma retração e as raízes dos dentes ficam expostas, surgindo o que se denomina de recessões. Cada paciente é um caso particular, e haverá que estudar de maneira específica já que são múltiplas as técnicas ou procedimentos atualmente existentes para o recobrimento das raízes expostas. Em certos casos é possível conseguir muito bons resultados de recobrimento da raiz exposta, dependo a previsibilidade do resultado de vários fatores como são a presença ou não de doença periodontal e a severidade desta. A causa mais habitual é a existência de uma escovagem inadequada, seja por excesso e que se realize de forma incorreta, a isto se chama de trauma por escovagem, ou então por defeito, apresentando as gengivas neste caso uma inflamação de origem bacteriana e que vai originar a recessão das gengivas. Na maioria destes casos o tratamento consiste em retirar tecido do palato e coloca-lo na zona onde a raiz está exposta de forma a conseguir recobri-la. São tratamentos cuja indicação principal é a estética, mas também estão indicados em casos de reabilitações com prótese fixa onde procuramos proteger os dentes, ou para prevenir que a retração aumente, ou ainda para reduzir a sensibilidade existente.
Sintomas da doença periodontal
1- Sangramento da gengivas É um dos sinais iniciais mais frequentes e que com mais frequência preocupa os pacientes e os fazem consultar o médico dentista. Normalmente é detetado durante a escovagem dos dentes ou ao mastigar. As gengivas quando saudáveis nunca sangram.
2- Coloração vermelho-escuro das gengivas
3- Mobilidade dos dentes: A inflamação e a perda dos tecidos que rodeiam e suportam os dentes por causa da doença periodontal faz com que estes comecem a mover-se produzindo incómodo e sensação de fragilidade, podendo levar à queda dos dentes.
4- Movimento dos dentes: Os dentes podem mover-se da sua localização original por perderem os tecidos que os suportam, surgindo ocasionalmente espaços entre os dentes tanto anteriores como posteriores, com a conseguinte perda da estética e facilitando a impactação e retenção de alimentos entre os dentes. Os dentes anteriores podem inclusivamente abrir-se entre eles e deslocarem-se para fora.
5- Retração das gengivas: As gengivas podem retrair-se deixando expostas as raízes dos dentes. Em alguns casos, no caso do paciente ser portador de próteses fixas, pode ver-se a transição entre as restaurações e o dente original.
6- Mau hálito ou halitose.
7- Presença de abcessos ou fístulas.
8- Sensibilidade dos dentes. A velocidade com que avança a doença é diferente segundo o tipo de doença periodontal e consoante a pessoa, e o ritmo de evolução pode variar na mesma pessoa, existindo momentos em que avança mais rápido e outros mais lento.
Raspagem e Alisamento radicular
Consiste em eliminar o excesso de bactérias que existem no sulco ou bolsa que se forma entre a gengiva e o dente. Para este efeito utiliza-se instrumental específico para limpar o sulco ou bolsa periodontal: instrumental manual como as curetas, aparelhos de ultrassons, etc. Normalmente são necessárias várias sessões de tratamento. Desta forma o cálculo ou tártaro é eliminado, bem como a placa e película bacteriana da superfície dos dentes e debaixo da gengiva. Posteriormente o médico dentista pode usar instrumentos manuais para retirar os resíduos que possam permanecer na superfície dos dentes ou debaixo da gengiva. O médico dentista ou o higienista oral executam uma raspagem para alisar as áreas irregulares e impedir o crescimento da placa bacteriana.
Alongamento das coroas dos dentes
O alongamento coronário é um procedimento cirúrgico, que tem como objetivo modificar o contorno das gengivas de forma a que os dentes fiquem mais expostos. A parte visível dos dentes deve apresentar uma proporção adequada e agradável. Os dentes são mais compridos que largos e devem apresentar este aspeto para conseguir uma estética agradável. Em geral, um sorriso atraente é aquele em que predomina a cor do esmalte dentário sobre a cor das gengivas. A cirurgia de alongamento coronário permite recuperar a harmonia do sorriso. Para uma boa estética é importante a existência de uma correta arquitetura gengival. Certos pacientes apresentam uma alteração das proporções dos dentes, e outros apresentam alterações ou simetrias no aspeto das margens gengivais. A indicação mais frequente para este procedimento prende-se com tratamentos restauradores, para que os dentes que sofrem esta intervenção possam receber um tratamento com restaurações que permitam proporções mais adequadas. Noutros casos o paciente apresenta uma erupção passiva alterada, na qual a gengiva cobre parte da coroa dos dentes. Ao eliminar esta porção de gengiva, isto permite que os dentes apresentem o seu tamanho normal.
Prevenção ou tratamento de suporte
A fase de manutenção tem uma especial importância nos doentes periodontais. Trata-se de uma doença crónica que precisa de um compromisso por parte do paciente no que diz respeito à sua higiene oral domiciliária e na assiduidade às revisões periódicas que normalmente ocorrem cada 3-4 meses. Estes controles periódicos permitem monitorizar a doença facilitando a sua vigilância, a manutenção de uma boa saúde oral e evitando o seu reaparecimento. Nos tratamentos das gengivas é importante evitar que os problemas apareçam de novo. A fase de manutenção tem uma grande importância após terminada a primeira fase de tratamento, em que ocorre uma redução da inflamação. Nas visitas de controle, a doença é monitorizada através do uso de periodontogramas, sendo esta vigilância personalizada e específica para cada paciente. É imprescindível seguir uns cuidados de higiene oral domiciliária eficaz, de uma forma em que o paciente se torna “co-terapeuta” do médico dentista.